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Hospital Israelita Albert Einstein ganha eficiência operacional no tratamento oncológico

Em 2022, o Hospital Israelita Albert Einstein anunciou o projeto de um novo edifício dedicado exclusivamente ao tratamento do câncer, no Parque Global, em São Paulo. Naquele momento, em sua unidade do Morumbi o HIAE já lidava com um aumento notável na demanda por tratamentos oncológicos. Com a construção do novo centro em vista, a instituição se viu diante da oportunidade de ter um novo o hospital de alto desempenho operacional para atender à esta crescente demanda. 

A DHAUZ, então, foi contratada para, trabalhando um grande volume de dados e usando métodos e algoritmos analíticos, desenhar uma planta otimizada do novo hospital, que tem no programa Centro de Cuidados e Terapias Avançadas em Oncologia e Hematologia, abrangendo diagnósticos e tratamentos para câncer e consultas associadas à oncologia, além de cirurgia de medula óssea e atendimento de urgências em geral.

Com a parceria, o objetivo principal era concentrar as operações do novo hospital de forma eficiente, minimizando a jornada física das pessoas envolvidas na operação, e principalmente o deslocamento dos pacientes.

Quatro técnicas analíticas 

O projeto começou com a coleta de dados e insights, incluindo volume de pacientes, equipamentos e fluxos hospitalares existentes na operação atual. A DHAUZ realizou uma análise detalhada para entender as necessidades e peculiaridades do tratamento oncológico. 

Em seguida, desenvolveu-se uma modelagem baseada em Process Mining pela qual conseguimos reproduzir a jornada física de cada paciente dentro do hospital, os chamados Clinical Paths. Com esse mapeamento, segmentamos os pacientes para entender essas jornadas de forma clara e possibilitar o mapeamento de consumo cruzado dos recursos (todas as estruturas e equipamentos do fluxo oncológico).

A partir disso foi possível através de modelos preditivos estimar os volumes futuros de consumo levando em consideração tendências de evolucão em tratamentos oncológicos (ambulatorização por exemplo) para, com isso, calcularmos as áreas necessárias no futuro hospital de cada departamento (por exemplo quantas cabines de quimio teriamos, quantas sala de radio, quantos leitos de cirurgia e assim por diante).

Para concluir o desenho do hospital otimizado, a DHAUZ aplicou uma técnica de otimização para posicionar de forma ótima as áreas e cada local em cada pavimento do novo hospital de forma que as distâncias percorridas por cada paciente e profissional fossem as menores possíveis.

O resultado foi a caracterização de 43 segmentos, considerando diversos agentes envolvidos no fluxo hospitalar, entre pacientes, médicos, enfermeiros, equipe de limpeza e movimentação de medicamentos e equipamentos.

O projeto também contou com diversas simulações do fluxo. Gargalos foram identificados, e a solução desenvolvida envolveu a utilização de um Data Lake para extensa análise de dados e modelagem. A adoção do Databricks como solução de apoio aos trabalhos de engenharia e ciência de dados trouxe muita agilidade ao time do projeto.

Layout otimizado

O desenho criado pela DHAUZ permitiu realizar a otimização vertical do centro oncológico, apresentando a melhor posição de cada andar, das salas, departamentos e centro cirúrgico.

O uso de modelagem de otimização permitiu a alocação ideal de áreas em cada pavimento, resultando em um quadro otimizado de profissionais de saúde no novo hospital. Além disso, houve ganho de eficiência operacional de 19%, ou seja, no tempo gasto por deslocamento.

¨Com a análise de dados, foi possível prever o futuro, considerando o envelhecimento da população e os avanços na medicina ̈, explica Fabio Ferraretto, general manager da DHAUZ . 

O layout otimizado reflete a visão para 20 anos, projetando mudanças na demanda de tratamentos como radioterapia, por exemplo. ¨Por isso, a parceria resultou não apenas em uma planta arquitetônica, mas também em insights significativos para o fluxo do paciente oncológico¨, completa.

Agora, com o desenho desenvolvido pela DHAUZ nas mãos da equipe de arquitetura, o novo hospital, que deve ficar pronto em 2026, estará preparado para receber mais pacientes, propiciar uma experiência de alto desempenho e enfrentar os desafios futuros com um modelo operacional inteligente e eficiente.